Roda de Conversa Educação sem Racismo na SMED/PBH


A Secretaria Municipal de Educação (Smed), por meio da Gerência de Relações Étnico-Raciais, promoveu uma Roda de Conversa sobre Educação sem Racismo no último dia 21, data que marca internacionalmente a luta pela eliminação da discriminação racial. Para incentivar o diálogo, foram convidadas a artista Luíza da Iola, a professora da Rede Municipal de Educação Rosa Vani Pereira, o advogado Agnaldo Müller, do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Belo Horizonte; e o professor Heli Sabino de Oliveira; da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


Luíza da Iola, do Coletivo “Nós temos um sonho”, falou sobre a importância de resgatar a própria origem. “É preciso assumirmos a responsabilidade de não nos calarmos diante das injustiças e crimes que vemos acontecer no cotidiano e, mais importante, sermos exemplos vivos de nossas crenças e das mudanças que desejamos ver”.

A diretora da Escola Municipal Agenor Alves de Carvalho, Rosa Vani, ressaltou a necessidade de manter os direitos conquistados e ampliá-los num cenário político e social de retrocessos. Para isso, ela avalia que é fundamental que os gestores ouçam a “ponta” e visitem-na também, analisando a possibilidade de execução e a efetividade de suas propostas. “Nós podemos não ter chegado, ainda, nos lugares que a gente precisa e merece, mas, estamos vindo de muito longe, pois, a luta contra a discriminação sexual e racial é de longa data”.

“Ocorreram mudanças positivas no campo da garantia dos direitos, mas o enfrentamento à discriminação racial permanece como uma luta necessária e urgente. A construção de uma cultura não discriminatória demanda uma contraposição às situações de discriminação. A escola exerce um papel fundamental na perspectiva de assegurar a equidade, quando valoriza os grupos historicamente discriminados para o conjunto da comunidade escolar e cria condições para que todas as pessoas reconheçam seu pertencimento étnico-racial e o dos outros como uma experiência positiva e essencial à formação humana”, afirma a gerente da Gerência de Relações Étnico-Raciais da Smed, Mara Catarina Evaristo.

Dia Internacional da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial

Em 21 de março de 1960, em Shaperville, África do Sul, sessenta e nove pessoas foram mortas e mais de cem ficaram feridas quando protestavam, pacificamente, contra o apartheid. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou esse massacre e o governo sul-africano e, em 1966, a data ficou marcada como "Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial".

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