Seminário - Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa - PNAIC

Rodrigo Marçal, que integra a equipe do Núcleo de Relações Étnico-Raciais da Gerência de Articulação da Política Educacional/SMED, participou do Seminário do PNAIC realizando a oficina Literatura e Relações Étnico-raciais

O Seminário, organizado pela Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte, contou com  mais de 1000 professores, 48 oficinas, palestra e muita animação de todos. 

As palavras de Dagmá Brandão, Gerente de Coordenação da Política Pedagógica e de Formação/SMED definem o que tem sido o PNAIC em BH: "Esse pacto move nossas esperanças, mas como diz Paulo Freire, não é uma esperança de quem fica esperando no vazio, sem fazer nada, é uma esperança de quem acredita, aposta e faz acontecer... Assim somos nesta Rede de Educação de BH... Nossas crianças alfabetizadas até 8 anos é uma responsabilidade de todos. Teremos um sociedade melhor."
Sueli Baliza, Felipe Moraes e Dagma Brandão
Local - Cad I UFMG
  Oficina Literatura e Relações Étnico-raciais

Local: Escola Municipal Santos Dumont

Local: Escola Municipal Santos Dumont









Verbetes do Aurélio

branco: 1. Diz-se da impressão produzida no órgão visual pelos raios da luz não decomposta. 2. Da cor da neve, do leite, da cal; alvo, cândido. 4. Claro, translúcido. 5. Pálido, descorado. 8. Diz-se do indivíduo de pele clara. 9. Sem mácula, inocente, puro, cândido, ingênuo: alma branca. 13. Homem de pele clara. 14. Incapacidade de raciocinar ou de recordar-se de algo; claro, vazio. 16. Antiga moeda de prata. 17. Homem tolo, ingênuo, papalvo. 27. Senhor, patrão. 28. Cabo-verde. Pessoa de alto nível social: “Morávamos numa casa baixa e por isso não éramos brancos.” Branco do olho. Branco do ovo. Branco fixo. Pigmento branco constituído por sulfato de bário. Em branco. 1. Não escrito. 2. Em jejum. 3. Sem haver estudado nada. 4. Sem haver dormido. Tirar de branco. Imprimir o primeiro lado da folha de papel.

Negro: 1. De cor preta. 3. Diz-se de indivíduo de etnia, ou raça negra. 4. Sujo, encardido, preto: A criança está com as mãos negras. 5. Preto: As nuvens negras anunciavam tempestade. 6. Muito triste, lúgubre: “pensar [Casimiro de Abreu] que sua morte poderia ocorrer em Liboa... o fazia mergulhar na mais negra infelicidade.” (Carlos Drummond de Andrade, Confissões de Minas, p. 28). 7. Melancólico, funesto, lutuoso: Negro destino o esperava. 8. Maldito, sinistro: Em negra hora, chegou ali aquele bandido. 9. Perverso, nefando: O negro crime abalou a cidade. 10. Indivíduo de etnia ou de raça negra. 11. Escrava. 12. A cor de um corpo que absorve integralmente toda a radiação luminosa visível que sobre ele incide. 14 Bras. V. Nego Homem, pessoa, indivíduo; nego, neguinho: Há muito negro que não sabe o que é trabalhar. [Aum.: negrão, negralhão, negraço; dim.: negrinho, negrito, negrilho]. Negro velho. Bras. Tratamento familiar, carinhoso, mais ou menos equivalente ao de meu negro. Meu negro. Bras. Tratamento familiar, carinhoso, e algumas vezes algo irônico, equivalente a 'meu bem', 'meu amigo'; meu nego, meu bichinho. Trabalhar com um negro. Trabalhar muito.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 4 ed. Curitiba: Ed. Positivo, 2009. 


Filmes apresentados:
1) Registro de pesquisa/entrevista. Tema: racismo na infância


2) Nego Vei - Berimbrown
A música foi inspirada do filme documentário "Lamparina Bantus nas Minas Gerais" de direção Mestre Negoativo. o filme foi conteúdo material de pesquisa e inspiração, para os alunos do Programa Valores de Minas/2013 que se originou-se no espetáculo garimpAR. No processo de criação surgiu o poema "Preto Velho" que foi sugerido e aceito pelo o autor em alterar para "Pedro Véi" devido o personagem do Filme, o Sô Pedro garimpeiro, que já transitava no roteiro do espetáculo. O Berimbrown com suas pesquisas nas manifestações Bantus e em processo de construção do Álbum "Lamparina" , faz sua versão que ganha o nome "Nego Véi", uma gíria praticada na comunidade Negra que se denomina pessoas experientes, respeitadas...
A versão ganha um arranjo atual, recheado com Tambores de Minas, Berimbaus, um groove Black Soul Rock e o mais importante, motiva e reconhece jovens músicos para o cenário artístico e mercado de trabalho como compositor mundo afora. 


Letramento definido num poema

            Uma estudante norte-americana de origem asiática, Kate M. Chong, ao escrever sua história pessoal de letramento, define-o em um poema; a tradução do poema, com as necessárias adaptações, é a seguinte:

O que é Letramento?

Letramento não é um gancho
em que se pendura cada enunciado,
não é treinamento repetitivo
de uma habilidade, nem um martelo
quebrando blocos de gramática.

                  Letramento é diversão
                  é leitura à luz de vela
                  ou lá fora, à luz do sol.

São notícias sobre o presidente,
o tempo, os artistas da TV
e mesmo Mônica e Cebolinha
nos jornais de domingo.

                   É uma receita de biscoito,
                   uma lista de compras, recados colados na geladeira,
                   um bilhete de amor,
                   telegramas de parabéns e cartas de velhos amigos.

É viajar para países desconhecidos,
sem deixar sua cama,
é rir e chorar
com personagens, heróis e grandes amigos.

                    É um atlas do mundo,
                    Sinais de trânsito, caças ao tesouro,
                    manuais, instruções, guias,
                    e orientações em bulas de remédios,
                    para que você não fique perdido.

Letramento é, sobretudo,
um mapa do coração do homem,
um mapa de quem você é,
e de tudo que você pode ser.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004, p.         40-41.

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