A
decisão foi tomada em uma reunião realizada na semana passada, na sede
da Secretaria Municipal de Políticas Sociais, no Centro, com
representantes da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial (CPIR),
da Funai, da Coordenadoria Especial de Políticas Pró-Igualdade Racial do
Estado de Minas Gerais, da Defensoria Pública, da Associação dos Povos
Indígenas de Belo Horizonte e Região Metropolitana, além de outras
lideranças indígenas.
Tendo
em vista que as demandas levantadas extrapolam o âmbito da gestão
municipal, é necessária uma maior articulação entre as três instâncias
governamentais (União, Estado e municípios da Região Metropolitana de
Belo Horizonte) para garantir a elaboração de políticas efetivas. A
Funai, que até então prestava assistência apenas aos índios aldeados,
passa a partir da nova gestão a atender também os índios que vivem no
meio urbano.
Rosângela
Silva, coordenadora de Promoção da Igualdade Racial em Belo Horizonte,
resaltou a necessidade de uma melhor compreensão sobre a realidade dos
3.477 indígenas que residem na capital, pois das ações já realizadas,
essas lideranças representariam apenas uma parcela, talvez menos de um
terço da população indígena na cidade. Para tanto, está previsto no
projeto sustentador da Prefeitura de Belo Horizonte a realização de um
diagnóstico da situação indígena em Belo Horizonte. Para a Funai, também
é de extrema relevância mapear, identificar e reconhecer os indígenas
que vivem em Belo Horizonte e na Região Metropolitana.
Indígenas no meio urbano
Segundo
dados do IBGE (2010), 36,2% da população indígena do Brasil vive no
meio urbano. Em 2000 o número correspondia a cerca de 52% da população
total. Em Belo Horizonte, também segundo dados do IBGE, os 3.477
indígenas vivem de forma dispersa em diversos bairros das nove regiões
da cidade. Há também um número significativo de indígenas vivendo em
cidades da região metropolitana como Ibirité, Vespasiano e Juatuba,
entre outras. Indígenas das etnias Pataxó Hã Hã Hãe, Aranã, Pataxó,
Maxacali, Xacriabá e Krenak, fazem parte da Associação dos Povos
indígenas de Belo Horizonte e Região Metropolitana (APIBHRM), que possui
representação no Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial
(Compir) desde março de 2011. Além desses povos, tem-se conhecimento de
indígenas das etnias Pankararu, Tupiniquim, Ticuna e Peri vivendo em
Belo Horizonte.
A
partir da lei 9.934, de 21 de junho de 2010, a Coordenadoria de
Promoção da Igualdade Racial (CPIR) é o órgão da Prefeitura responsável
por elaborar e articular políticas públicas para a população indígena em
Belo Horizonte. Em abril de 2012 foi realizado, pela CPIR, o evento
“Diálogo com os Povos Indígenas de Belo Horizontes” e, no segundo
semestre, o encontro “Grupos Focais com as lideranças das diversas
etnias”.
Fonte: http://portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DetalheArtigo&pk=1096052
Fonte: http://portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DetalheArtigo&pk=1096052
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